Lixo na cidade de Maputo dificulta a mobilidade e coloca risco a saúde pública
A cidade de Maputo, a capital moçambicana está inundada de lixo, sobretudo na sua periferia, e o Conselho Municipal reconhece o problemas e a incapacidade de fazer face. A beleza que caracteriza a “pérola do Índico” como é conhecida a urbe, está totalmente desconfigurada pelo lixo aos “montes” e cheiro nauseabundo que coloca em causa a saúde pública.
O problema da recolha de resíduos sólidos na autarquia de Maputo não é novo, mas o edil, Rasaque Manhique, aproveitou a actual situação político-social do país, caracterizado por manifestações de contestação de resultado eleitorais considerados fraudulentos, para justificar a ineficiência na recolha do lixo.
Rasaque Mangique, disse recentemente que a edilidade enfrenta dificuldades na recolha de lixo nesses últimos dias desde a eclosão das manifestações, alertando que isso compromete a saúde dos munícipes e a mobilidade urbana, sobretudo a circulação dos transportes públicos.
No entanto, ouvido pela TORRE.news, o Vereador do pelouro de Infraestruturas e Salubridade do município de Maputo, João Munguambe, reconhece que actualmente a edilidade esta com uma capacidade reduzida responder a remoção dos resíduos sólidos, mas assegurando que tem sido feito um esforço de remover resíduos sólidos com a ajuda da sociedade civil, munícipes e militares.
“Nós não temos tantos contentores guardados para estas situações, nem tínhamos um orçamento previsto para fazer grandes aquisições de contentores, mas dentro de uma semana a situação voltará ao normal se não houver algum constrangimento, mas se houver uma paralisação adicional precisaremos de mais tempo para resolver o problema,” disse.
João Mugabe, morador do bairro da Maxaquena, subúrbio de Maputo, afirma que está receoso com o lixo uma vez que representa risco para a saúde das comunidades. Agora com a chuva isso vai trazer doenças como cólera, e aqui há crianças”, disse.
“OS próprios catadores desfazem o lixo que as pessoas colocam nos sacos. Temos que consciencializar as pessoas mesmo havendo recolha de lixo diário” revelou.
Nestas manifestações foram vandalizados mais de 52 contentores de recolha de resíduos sólidos usados como meio de obstrução de várias artérias da cidade.
Ainda recordar que a edilidade teve problemas para recolher o lixo devido a problemas financeiros para honrar compromissos com a EconLife, empresa de recolha de lixo na cidade.