Militares prestam serviços cívicos enquanto policia continuam a reprimir manifestantes
A Cidade de Maputo permanece em tensão, com manifestantes a desafiarem as forças de segurança, avançando até à esquina das avenidas Eduardo Mondlane e Amílcar Cabral, a cerca de três quilómetros da Avenida Julius Nyerere, no centro da cidade. A Unidade de Intervenção Rápida (UIR), braço anti-motim da Polícia da República de Moçambique (PRM), foi mobilizada para dispersar os manifestantes, cujo destino final ainda é incerto.
Enquanto as várias unidades policiais tentam conter os manifestantes as Forças Armadas estão concentradas em prestar serviços cívicos, incluindo a remoção das barricadas na Avenida Eduardo Mondlane e o diálogo com manifestantes, apelando à não vandalização das infraestruturas.
Na Avenida Eduardo Mondlane, desde a estátua até pouco depois da zona da Pandora, no bairro central, registam-se pneus em chamas e um tráfego reduzido, dominado por veículos de emergência. A resistência dos manifestantes nesta área tem levado ao reforço do contingente de segurança.
Em contacto com residentes, os militares têm procurado esclarecer que a sua missão é a defesa da soberania, das instituições de direito e do governo democraticamente instituído.
Para além do Bairro Central, manifestantes tentam aceder ao centro da cidade pela Avenida Joaquim Chissano, enquanto na área de Maquinaq, depois de uma aparente contenção, os manifestantes voltaram a reagrupar-se, enfrentando a polícia com pedras e garrafas.
Às 12h, a situação permanece sem controlo total, com grupos dispersos por vários pontos da cidade. Alguns manifestantes, dispersos da Eduardo Mondlane, foram avistados a descer para a Avenida 24 de Julho, aumentando a tensão em Maputo.
