Mineração "insustentável do ouro" em Manica: Francisca Tomás "ataca os amigos do patrão"
A Governadora da Província de Manica, Francisca Tomás pede maior vigilância das autoridades a vários níveis para monitorarem a situação de empresas que não observam as regras exigidas ambientalmente, drenando o mercúrio e outras partículas nocivas a saúde, nos cursos de água poluindo os rios.
A Governadora da Província de Manica, Francisca Tomás pede maior vigilância das autoridades a vários níveis para monitorarem a situação de empresas que não observam as regras exigidas ambientalmente, drenando o mercúrio e outras partículas nocivas a saúde, nos cursos de água poluindo os rios.
O apelo foi lançado no posto administrativo de Machipanda, no distrito de Manica, no decurso das cerimónias provinciais alusivas ao 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, este ano celebrado sob o lema “Evite a poluição plásticas, seja parte da solução”.
Segundo a governante, a insustentabilidade da mineração artesanal de ouro no distrito de Manica, tem estado a causar danos na saúde da população e ao ambiente, decorrente da poluição do ar e água, daí que as autoridades locais e provinciais devem unir sinergias no sentido de colocar as águas dos rios limpas.
De acordo com Francisca Tomás, os agricultores, indústrias e familiares não têm como produzir comida, porque as plantas não florescem condignamente naquelas terras, devido ao lodo e mercúrio que tomaram conta dos solos e águas de vários rios.
Outra irregularidade apontada pela governadora da manica é a não reposição dos solos após a abertura de crateras ou valetas pelas empresas ou garimpeiros. Assim pede para que se observem as regras descritas no plano de maneio, visando uma exploração sustentável de ouro.
Lamentou o facto de as águas dos rios no distrito de Manica não servirem para nada, “esta água não serve para beber, regras as culturas e nem abeberamento dos animais, pedimos vigilância desta situação. Vamos explorar de forma sustentável os recursos”, lamentou.
Segundo a chefe do executivo provincial de Manica, nos últimos tempos, o mundo tem vindo a enfrentar uma série de desafios com destaque para a perda da biodiversidade, devido às alterações climáticas e poluição crescente dos rios e do ar, devido à acção humana.
“Entre os impactos negativos destas situações temos a destruição dos solos, a alteração do regime de chuvas, o aumento da propagação de doenças, o que compromete, de acordo com os dados das Nações Unidas, cerca de 40 por cento da humanidade”, afirmou.
“Disse ainda que uma outra situação que o planeta terra enfrenta, está relacionada com o uso e conservação inadequada do saco plástico, pois em muitos casos, bairros, vilas e cidades ficam infestados desse material por nós descartado sem observar os princípios básicos de gestão ambiental e do saneamento do meio”, disse.
Explicou que a quantidade do saco plástico fabricado, infelizmente tem concorrido para a alteração dos:” habitantes” e dos processos naturais, reduzindo a capacidade dos ecossistemas de se adaptarem às mudança Climáticas, afetando sobretudo os aquáticos, pois trata-se da subsistência da população.
“Neste contexto, é tarefa de todos, desde as instituições públicas e privadas, e a sociedade no seu todo, nos unirmos em busca” e defesa de soluções alternativas ao uso do saco plástico”, anotou.
A governadora disse ainda que uma das alternativas baratas e seguras ao saco plástico, é o uso do cesto feito na base do material local. Por esta razão convidou os artesãos da província e a população em geral a capitalizar a produção, venda e uso dos cestos palha.
Exortou a população de Manica a apostar no uso de cestos feitos à base de palha por serem recicláveis e ecologicamente saudáveis para o ambiente. Apelou ainda para o abandono do hábito de descarte de resíduos sólidos nos rios, lagos e barragens, com destaque para o saco plástico porque a situação afeta a vida aquática que se reflete na renda familiar dos que dependem da pesca bem como a saúde da população.