Moçambique poderá explorar linhas aéreas do Ruanda

Moçambique poderá explorar as linhas aéreas do Ruanda para expandir as viagens com origem no país para os diversos países do mundo.

Outubro 31, 2022 - 15:38
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O facto foi revelado semana finda, em Maputo, pela ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, a jornalistas, após o encontro que o Presidente da República, Filipe Nyusi, manteve com o seu homólogo do Ruanda, Paul Kagame.


Kagame efectuou esta sexta-feira uma visita de um dia a Moçambique, para estreitamento das relações bilaterais e de cooperação entre ambos países.


“Os dois estadistas focalizaram as suas atenções na exploração de linhas aéreas que permitam tornar expeditas as viagens de Moçambique para as várias partes do mundo usando as linhas aéreas de Ruanda”, disse Verónica Macamo.


O objectivo da exploração de linhas aéreas, segundo a ministra, é Moçambique “chegar aos vários cantos do mundo de uma forma célere, e isso é possível usando as linhas aéreas do Ruanda por causa da posição em que Ruanda se encontra no mundo”.


Durante o encontro, segundo a governante, os dois Presidentes regozijaram as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas (FDS) e do Ruanda que, juntamente com a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês) repelem de forma intensa os terroristas que têm perpetrado ataques em alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.


Desde Outubro de 2017 que alguns distritos de Cabo Delgado estão sob ataques dos terroristas, mas, nos últimos meses, com a presença das forças ruandesas e da SAMIM, os insurgentes tendem a reduzir as incursões armadas, fazendo ataques esporádicos em algumas aldeias.


Verónica Macamo afirmou que “os dois líderes saudaram de forma especial os valentes e heróicos jovens moçambicanos e ruandeses que, com o apoio as forças da SAMIM e dos demais parceiros, não poupam esforços para travar a acção dos terroristas no nosso solo pátrio”.


O governo moçambicano reiterou o agradecimento pelo voto do Ruanda, e por ter mobilizado outros países a votar na candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual o país venceu de forma unânime.


Moçambique passa a ocupar o assento a partir de 01 de Janeiro de 2023, devendo exercer a função por dois anos consecutivos.


Moçambique reiterou o interesse de continuar a exportar produtos para o mercado ruandês, com destaque para o milho, açúcar, soja, arroz.


Segundo a ministra, a exportação dos produtos para Ruanda vai dinamizar as trocas comerciais entre ambos países.


Os dois estadistas visitaram o Mercado do Peixe, na cidade de Maputo, um empreendimento que surge da transformação do mercado ‘A Luta Continua’ que era informal e funcionava num espaço municipal.