ONU/CS: seremos a voz dos países africanos – NYUSI

Presidente da República assegura que Moçambique fará o seu melhor para ser um parceiro eficaz na construção da paz na ONU

Junho 10, 2022 - 15:52
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ONU/CS: seremos a voz dos países africanos – NYUSI
Filipe Nyusi, Presidente da República

O Presidente da República, Filipe Nyusi, assegurou que durante o mandato como membro não permanente do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas (ONU), Moçambique fará o seu melhor para ser um parceiro construtivo e eficaz na construção da paz.

 
“Seremos a voz dos países africanos que procuram edificar um futuro pacífico e próspero para todos”, disse Nyusi, na sua primeira reacção após a eleição, hoje (09), de Moçambique como membro daquele órgão da ONU, numa votação que arrecadou os 192 votos do total dos membros presentes.


Sublinhou que o objectivo fundamental de Moçambique é contribuir, em conjunto com as outras Nações do mundo, para a paz e segurança internacionais e “consolidar o respeito que granjeamos no concerto das nações e, assim, contribuir para a realização do almejado desenvolvimento da nossa pátria, rumo à paz e prosperidade.”


“Os moçambicanos não pouparão esforços até que este desejo colectivo seja plenamente alcançado”, garantiu.


O Chefe de Estado moçambicano recordou que, aquando do lançamento oficial da campanha, em Setembro de 2021, sob o lema: Paz e Segurança Internacionais e Desenvolvimento Sustentável, sublinhou o empenho na agenda de paz no seio do Conselho de Segurança.

 
“O nosso país tem história, cadastro e experiência de defender medidas de mitigação de conflitos e, acima de tudo, de promover soluções negociadas para a paz. Neste sentido, o nosso empenho mantém-se inabalável”, disse Nyusi.

Antou que Moçambique está numa posição única, uma vez que traz consigo a sua própria experiência de construção da paz e segurança, materializada pela cultura de diálogo.

 
Citou o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional (o Acordo de Maputo) como um exemplo recente de como se pode alcançar a paz através da apropriação nacional de processos e do diálogo.

 
“Neste aspecto particular, queremos agradecer às Nações Unidas e ao seu Secretário-Geral pelo seu contínuo apoio”, enalteceu.


Segundo Nyusi, garantir a total implementação do Acordo de Maputo será fundamental para trazer a paz e estabilidade a todas as partes do país, incluindo, o norte da província de Cabo Delgado, afectado por actos de terrorismo.

“Com a estabilização da situação de segurança, as nossas Forças de Defesa e Segurança, juntamente com os nossos irmãos da SADC e do Ruanda, têm registado progressos assinaláveis no combate ao flagelo do terrorismo nos últimos doze meses”, afirmou.


Para o estadista moçambicano, esta abordagem multifacetada, liderada pelos moçambicanos, tem granjeado reconhecimento internacional, como um modelo intra-africano bem-sucedido de combate aos grupos armados – que encarna a acepção segundo a qual “aos problemas africanos, soluções africanas.”

“Devemos estar orgulhosos dos avanços alcançados ao longo dos últimos anos, no sentido de envolver e potenciar a mulher nos processos de paz e desenvolvimento. Sabemos que sem o envolvimento da mulher não pode haver desenvolvimento sustentável e inclusivo. Por isso, Moçambique é um forte defensor da Resolução sobre a Mulher, Paz e Desenvolvimento do Conselho de Segurança das Nações Unidas (WPS) ”, disse.


Recordou que o primeiro Plano de Acção Nacional, adoptado em 2018, coloca na dianteira do seu foco os direitos humanos da mulher e da rapariga em situações de conflito e pós-conflito.


Adicionalmente, segundo Nyusi, houve registo de progressos na melhoria da paridade de género em todos os níveis de tomada de decisão, incluindo no Conselho de Ministros, onde Moçambique é o terceiro país em África a registar este feito.