Para evitar fraude eleitoral: Sala da Paz vai monitorar a repetição das eleições no Domingo
A plataforma de observação eleitoral conjunta, Sala da Paz, vai monitorar a repetição de eleições autárquicas, a ter lugar no Domingo próximo, nas autarquias de Marromeu, província central de Sofala, Gurué e Milange, (Zambézia) e Nacala-Porto (Nampula).
A sociedade civil mocambicana, quer evitar que se repita a fraude eleitoral que se verificou a escala nacional no escrutinio de 11 de Outubro. Os observadores da Sala da Paz estarão encarregues de recolher informação no terreno, diz um comunicado de imprensa da Sala da Paz enviado.
A nota acrescenta que outra equipa estará baseada na cidade de Maputo, com a tarefa de sistematizar os dados colhidos nas autarquias e posterior partilha aos actores eleitorais e ao público.
A plataforma reconhece que as 6ª eleições autárquicas registaram um número preocupante de irregularidades que colocam, à prova, a credibilidade de instituições públicas com responsabilidades acrescidas na construção da democracia.
Por isso, a Sala da Paz considera ser necessário que todos os actores envolvidos em todo o processo eleitoral adoptem uma postura ordeira e pacífica, em obediência principalmente à legislação eleitoral.
A repetição da votação nestas autarquias é uma oportunidade para que os órgãos de gestão eleitoral a todos os níveis “servirem-se das lições apreendidas no processo do dia 11 de outubro (último) e melhorar o seu desempenho no processo de credibilização do processo eleitoral”, lê-se na nota.
No entanto, a plataforma manifesta a sua preocupação face ao incêndio que ocorreu na madrugada de quarta-feira (06) na Escola Primária Completa de Murrupelane, um dos locais que vai acolher a repetição da eleição, na autarquia de Nacala-Porto.
A Sala da Paz apela a polícia a investigar e esclarecer o caso com maior celeridade. A plataforma apela ainda a todos os potenciais eleitores a afluírem em massa para exercer o seu direito de voto, e reafirma o seu compromisso de continuar a colaborar e acompanhar o processo eleitoral, como uma forma de reforçar a transparência e credibilidade do acto.
TORRE