Partidos da oposição juntam-se as manifestações, mas a Renamo contínua indecisa

Os partidos políticos da oposição uniram-se hoje na cidade de Maputo para organizar a marcha pacifica em todo o país em contestação dos resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que dão vantagem expressiva a Frelimo e seu candidato, entretanto não há certeza sobre a participação da Renamo, uma vez que na mesma reunião não estava representado por nenhum membro.

Outubro 30, 2024 - 21:57
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Partidos da oposição juntam-se as manifestações, mas a Renamo contínua indecisa

A informação foi avançada hoje durante uma conferência de imprensa realizada pelos partidos parlamentares e extraparlamentares da oposição (PODEMOS, MDM, Ecologista, ND, entre outros) que estiveram presentes. 

No aludido encontro da oposição, o presidente da Nova Democracia ND, Salomão Muchanga em relação a marcha considera que é realizada num momento em que se assistiu crime que desvalorizou a vontade popular.

“Este é o momento de chamar uma auditoria Forense para repor aquilo que é a vontade popular, mas também estamos a dizer que os direitos dos moçambicanos estão sendo salvaguardados nas nossas manifestações uma vez são pacificas e vamos sobretudo convocar a constituição da República” disse o presidente da ND.

O representante do MDM, realçou que a declaração conjunta representa a vontade popular dos moçambicanos, assim como defendeu que as manifestações vão ser realizados num ambiente tranquilo e seguro. 

 

“Enquanto não houver justiça pelo conselho constitucional na reposição as manifestações pacificas irão continuar por todos os partidos políticos da oposição e declarantes”.

 

Questionado pela imprensa, sobre as manifestações, o representante do MDM defendeu que as manifestações estão sendo realizadas para repor a justiça eleitoral, segundo ele os votos não se negoceiam apenas se contam.

De referir que os representantes dos partidos nas suas intervenções à imprensa afirmaram que houve enchimento de urnas a favor da Frelimo juntamente do candidato presidencial, e o desaparecimento das actas e editais com o objectivo de alterar os dados das mesas.

Ainda destacaram que houve violação da lei eleitoral desde a exclusão dos MMV’s da oposição nas assembleias de votos.

Igualmente apontaram a fraude que os órgãos de administração eleitoral cometeram.

Enfatizar que é pela primeira vez que os partidos da oposição no país se unem para exigirem a justiça eleitoral.

De referir que o Conselho Constitucional (CC) emitiu comunicado de solicitando actas e editais a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de todas as províncias exceptuando Manica, Sofala e Cabo Delgado.