Rastreados 600 milhões USD de transações financeiras suspeitas

Rastreados cerca de 666 milhões de dólares de transacções económico-financeiras suspeitas de consubstanciar actos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

Agosto 18, 2022 - 16:54
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O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) recebeu, em 2021, um total de 2.338 Comunicações de Operações Suspeitas (COS’s) no valor de 42.599.558.861 meticais (cerca de 666 milhões de dólares) de transacções económico-financeiras suspeitas de consubstanciar actos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.


Em 2020, o GIFIM registou um total de 3.350 COS’s que representam a 35.844.451.913 meticais das transacções financeiras suspeitas. O número de comunicações representa uma queda de 43,3 por cento, contrariamente ao valor que corresponde a um aumento de 20 por cento.


O facto foi avançado pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, em conferência de imprensa minutos após a realização da 28ª sessão ordinária que teve lugar na terça-feira em Maputo.


“O governo apreciou o relatório anual de actividades do GIFIM, referente a 2021, a submeter à Assembleia da República [AR, o parlamento moçambicano]”, disse Suaze, que é também vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.


Além de receber e analisar as COS’s e disseminar os relatórios de informação financeira às autoridades, o GIFIM tem a missão de assegurar elevados índices de sucesso no esclarecimento dos casos de operações suspeitas comunicados e engaja todo o sistema económico-financeiro moçambicano na comunicação de operações financeiras suspeitas.


Na mesma sessão, o Conselho de Ministros apreciou a matriz de seguimento do período pós-observação de Moçambique pelo Grupo de Acção Financeira (GAFI) entidade que avalia e recomenda a actuação do GIFIM.


O GAFI, segundo Suaze, instruiu ao GIFIM a articular com instituições relevantes do Estado para assegurar o cumprimento das medidas por si emanadas.