Renamo não reconhece resultados da repitição eleitoral e acusa o CC de continuar a apadrinhar a fraúde

A Renamo, maior partido de oposição no país, diz que não aceita e não reconhece os resultados da votação de 10 de Dezembro, havidas em quatro municípios, num acto de repetição ordenado pelo Conselho Constitucional (CC).

Janeiro 4, 2024 - 19:10
Junho 19, 2024 - 14:49
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Renamo não reconhece resultados da repitição eleitoral e acusa o CC de continuar a apadrinhar a fraúde

Em causa, está o anúncio dos resultados desse escrutínio e que dão vitória ao partido Frelimo em todos municípios onde a votação fora repetida, nomeadamente Nacala-Porto, Gurué, Milange e Marromeu. 

Para o Renamo, tais resultados não refletem a vontade popular, mas sim um produto de vitória fabricada “nas secretarias da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Conselho Constitucional”. 

Aliás, argumenta a Renamo, para o alcance deste vitória descrita como fraudulenta, à semelhança do escrutínio de 11 de Outubro, foi usada a Polícia da República de Moçambique como ponta de lança para “promover um autêntico terrorismo, ferindo e mantando cidadãos civis e indefesos”.  

O Conselho Constitucional ao tornar irrelevantes estes crimes está a proferir um insulto á nossa consciência colectiva e ao Estado, porque não é razoável nem moralmente aceitável   validar e proclamar resultados tão viciados quanto foram e com um requinte terrorista da Policia que pôs em causa a liberdade dos eleitores e a transferência do processo. 

“Sem dúvida, a parcialidade e o  apadrinhamento da fraude eleitoral pelo Conselho Constitucional representa um autentico golpe ao Estado de Direito Democrático e a Soberania dos moçambicanos cuja  vontade colectiva é a paz e a reconciliação nacional premissas essenciais  do desenvolvimento nacional”, vincou José Manteigas, porta-voz do partido. 

“A nossa democracia está a ser linchada a olhos vistos por um partido que mantém o país nos piores índices da pobreza e do subdesenvolvimento”, acrescenta. 

A Renamo lamenta e denuncia, também, uma suposta intenção do partido Frelimo de, supostamente, pretender ficar com os 250 assentos da Assembleia da República, um acho que o descreve como arrepiante para os “amantes da Democracia”. 

Refira-se que o Conselho Constitucional proclamou o partido Frelimo como vencedora nas quatros autarquias cuja votação foi à repetição. 

TORRE