Tropa sul-africana sem meios aéreos para combater o terrorismo em Moçambique e rebeldes na Congo
A tropa sul africana que combate o terrorismo no norte de Moçambique e a acção dos rebeldes na República Democrática do Congo (RDC) enfrenta sérios riscos, porque Pretória ainda não renovou acordo para manutenção dos helicópteros de combate e transporte.
Um contrato entre a Denel e o Departamento sul-africano de Defesa, que cobre despesas de técnicos e engenheiros para manutenção de helicópteros, expirou há mais de quatro meses e não foi renovado.
O risco ocorre numa altura em que as tropas da AMIM que lutam contra o terrorismo em Cabo Delgado, estão sob comando de um general sul-africano no quadro das mudanças havidas recentemente nos comandos da SADC em Cabo Delgado, para alem de sucessivas baixas que a tropa sul-africana tem sofrido no RDC.
A limitação dos meios aéreos põe em risco a capacidade dos militares sul-africanos de protegerem cerca de 4 000 soldados que a RSA enviou para combater os terroristas em Moçambique e os rebeldes no leste da República Democrática do Congo, com os seus helicópteros de transporte Oryx e os helicópteros de ataque Rooivalk, ou Red Falcon.
A África do Sul destacou as suas tropas para as duas guerras em Moçambique e na RDC sem renovar um contrato de manutenção necessário para manter os seus helicópteros de ataque e transporte essenciais em voo.
O chamado contrato de custo fixo entre a fabricante estatal de armas Denel e o Departamento sul-africano de Defesa – que cobre as despesas de técnicos e engenheiros – expirou há mais de quatro meses e não foi renovado, disse a Denel ao News24.
A caducidade do contrato é uma prova de como as ambições da África do Sul de reforçar a sua influência no continente com missões de manutenção da paz não são acompanhadas por um orçamento que se esforça para financiar tudo, desde as suas forças armadas até à revisão de portos e centrais eléctricas.
“Os meios aéreos são absolutamente críticos em qualquer operação de contra-insurgência, particularmente neste terreno”, disse Piers Pigou, chefe do programa da África Austral no Instituto de Estudos de Segurança, com sede em Pretória. "Nós levantamos a mão por algo que não somos capazes de entregar."Ainda que a informação continue adormecida e com poucos detalhes disponíveis, a Ministra da Justiça confirma a detenção da Ana Massuanganhe e diz que aguarda os detalhes do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC) que é o que está por cima do assunto.
Até aqui não se sabe, ao certo, quais quantidades e qual o destino das drogas com que a secretária particular do vice-ministro da justiça foi detida na posse, mas a Torre.News sabe que já foi evitado um esforço, de fórum diplomático, no sentido de se conseguir uma extradição da detida para Moçambique.
Helena kida, ministra da justiça, assegura que, para já, Ana Massuanganhe foi afastada do MJACR e foi indicada uma outra secretária particular para Filimão Suaze, seu vice-ministro.
“Não podemos conhecer quem é quem”, lamentou a ministra, em declarações ao Jornal Evidências, um semanário independente de Moçambique.
Refira-se que o tráfico de drogas é um crime que, do lado de Moçambique, preocupa as autoridades, tanto que a Procuradoria-Geral da República instaurou, só ano passado, cerca de 1200 processos-crime relacionados com o tráfico de drogas.
Preocupa também as autoridades o envolvimento de funcionários das instituições de justiça neste tipo de crime, embora a vulnerabilidade das fronteiras seja apontada pela PGR como a principal causa do aumento de casos.