Venâncio Mondlane propõe expansão da produção de chá e justiça social para Gurué
No âmbito da sua campanha eleitoral, o candidato à presidência pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, deslocou-se hoje ao distrito de Gurué, na província da Zambézia, onde lançou promessas de esperança aos residentes locais, propondo medidas para distribuir de forma equitativa as riquezas do distrito e tirar a população da pobreza. Mondlane destacou a importância de valorizar os recursos naturais da região, com ênfase na revitalização da produção de chá e no combate à exploração ilegal de recursos.
Durante o comício, Mondlane comprometeu-se a saldar as dívidas da Emo Chá, uma das principais empresas da região, que, segundo ele, tem deixado os trabalhadores em situação de grande sofrimento devido à falta de pagamento. "No meu governo, não haverá espaço para dívidas não honradas com os trabalhadores. A Emo Chá terá de cumprir com as suas obrigações", afirmou o candidato, arrancando aplausos da multidão presente.
Mondlane fez ainda uma denúncia sobre a exploração ilegal de pedras preciosas no distrito. “Esta exploração vai terminar no meu governo, porque os recursos pertencem ao povo e é o povo que deve sentir os seus benefícios nas suas vidas”, afirmou de forma contundente.
A revitalização da produção de chá em Gurué foi outro tema central no discurso do candidato do PODEMOS. Mondlane criticou a inércia dos governos anteriores na gestão das plantações de chá, afirmando que muitas das plantas actualmente em uso têm mais de 50 anos e foram herdadas do período colonial. "Este governo nada fez para melhorar a situação. No meu governo, prometo revitalizar as plantas de Gurué e fazer com que o chá volte a abastecer não só Moçambique, mas também o mundo", prometeu Mondlane, referindo-se ao potencial de exportação da produção local.
Outro ponto de destaque no discurso foi a crescente presença de estrangeiros na região, nomeadamente de "ruandeses, paquistaneses e nigerianos", que, segundo Mondlane, estão a concentrar as riquezas do país, enquanto o governo moçambicano assiste passivamente. "Enquanto os jovens locais estão sem perspectivas, muitos apenas a fumar, os estrangeiros estão a ser apoiados pelos seus países de origem para desenvolverem negócios aqui", criticou o candidato, sugerindo uma maior protecção das oportunidades económicas para os cidadãos moçambicanos.
O candidato presidencial concluiu a sua intervenção reiterando o seu compromisso com a população de Gurué, prometendo que, caso seja eleito, o distrito verá uma transformação significativa no que toca à expansão da economia local e ao combate às injustiças que, segundo ele, têm afectado a vida dos habitantes da região. "O meu governo será o governo do povo e para o povo, onde cada moçambicano terá a oportunidade de prosperar e usufruir das riquezas da sua terra", finalizou.