Bélgica desembolsa 25 milhões de euros para mitigar efeitos das mudanças climáticas

O governo Belga vai disponibilizar cerca de 25 milhões de euros à Moçambique, durante o período 2023/2027 para financiar a transição energética e ajudar a mitigar o impacto das mudanças climáticas no país.

Junho 30, 2022 - 21:01
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O governo Belga vai disponibilizar cerca de 25 milhões de euros à Moçambique, durante o período 2023/2027 para financiar a transição energética e ajudar a mitigar o impacto das mudanças climáticas no país.


O facto foi revelado pelo embaixador daquele país europeu, Didier Vanderrhassenlt, esta quarta-feira, em Maputo, no término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e que marcou o fim do seu mandato em Moçambique.

“Temos um novo programa de cinco anos. O governo Belga decidiu fazer um novo programa para Moçambique e vai alocar 25 milhões de euros com foco na transição energética e mudanças climáticas”, disse o diplomata, a imprensa.


A ajuda, segundo Vanderrhassenlt, surge no âmbito da parceria entre as duas nações e assegurou que o seu país vai continuar a prestar ajuda a Moçambique nos sectores da saúde, energia, e outros de interesse comum.


“Estamos aqui para assistir o país no desenvolvimento em vários sectores”, referiu o diplomata.


Com relação ao combate ao terrorismo que, desde Outubro de 2017, assola Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, o diplomata assegurou que o seu país vai mobilizar mais apoios para erradicar o extremismo violento naquela província.


O diplomata explicou que, recentemente, o seu país enviou a Moçambique, três oficiais militares, para reforçarem a equipa da União Europeia (UE) que está a capacitar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) no combate a este mal.


“Falamos com o Presidente sobre a situação em Cabo Delgado e, neste momento, estamos a debater com a União Europeia (UE) sobre o incremento de mais apoio para a área de defesa e segurança em Moçambique”, explicou.


Já o embaixador Brasileiro, Carlos Puente, assegurou que o seu país tem em carteira vários projectos de desenvolvimento, para a região norte de Moçambique.


O apoio, segundo Puente, contempla a formação e capacitação profissional de jovens para que tenham um ofício, bem como a criação de programas de hortas comunitárias, uma iniciativa que visa ajudar famílias vulneráveis a garantir o seu próprio sustento.


À semelhança da Bélgica, o Brasil também manifesta a sua disponibilidade para capacitar as FDS e o sector da saúde.


“Queremos ajudar Moçambique a superar esses problemas. Queremos dar tratamento holístico a questão do norte de Moçambique. O Brasil está pronto para remar junto com Moçambique na superação desses problemas”, disse Puente.


Também apresentaram cumprimentos de despedida o Alto-comissário do Uganda, Richard Kabonero, e a embaixadora dos países baixos, Henny de Vries.


Ambos reiteraram a disponibilidade de continuar a apoiar Moçambique nos sectores da saúde, educação e reiteraram o seu apoio no combate ao terrorismo.