Comercialização Agrícola 2023/ Governo com meta acima de 17 milhões de toneladas

O Governo moçambicano propõe-se a alcançar uma meta acima de 17 milhões de toneladas em comercialização agrícola durante a actual campanha 2023.

Abril 14, 2023 - 01:22
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Comercialização Agrícola 2023/ Governo com meta acima de 17 milhões de toneladas
Comercialização Agrícola 2023

O Governo moçambicano propõe-se a alcançar uma meta acima de 17 milhões de toneladas em comercialização agrícola durante a actual campanha 2023.


O compromisso foi assumido ontem em Chiúta, província de Tete, centro do país, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o lançamento da Campanha de Comercialização Agrícola 2023, ocasião que serviu para o estadista moçambicano proceder a abertura do V Fórum Nacional de Comercialização Agrícola.


“É com esta dinâmica que nos propusemos a comercializar 17 milhões de toneladas de produtos agrícolas diversos este ano”, disse Filipe Nyusi.

O Chefe de Estado frisou que o sucesso da campanha depende da acção coordenada de todas as partes envolvidas, caso de produtores, agro-industriais, fornecedores de insumos e equipamentos, transportadores, comerciantes, escolas agrárias, sector financeiro, entre outros intervenientes.


“Apelamos a todos esses intervenientes para que continuem a valorizar a produção agrícola, gerando rendimento às famílias rurais para o bem-estar das populações, que é o nosso objectivo final”, vincou.


Assegurou que o executivo continua a apoiar a produção no país, através da mecanização agrícola com insumos e máquinas, capacitações tecnológicas e linhas de financiamento em condições favoráveis aos produtores, tendo como base os indicadores económicos que apontam que o sector tem um peso próximo de 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.


De acordo com Nyusi, o crescimento real de 4,15 por cento registado em 2022 foi impulsionado pelo sector agrário, apesar dos ciclones Ana e Gombe, bem como as chuvas excessivas que aumentaram os caudais dos principais rios o que impactou negativamente 80 distritos, afectando 184 mil hectares de culturas diversas, provocando perda de 36 mil hectares e deterioração da situação económica a 117 mil produtores.

“Mesmo assim, o balanço da campanha 2021-2022 foi caracterizado por um crescimento na ordem de 15 por cento nos cereais, 08 nas leguminosas, 18 nas oleaginosas e 19 por cento nas hortícolas, destacando-se as culturas de rendimento, nomeadamente a macadâmia e Castanha de Caju com 19 e 14 por cento, respectivamente”, disse.

 

Na campanha transacta, o maior contribuinte da comercialização agrícola foi a província de Nampula, norte do país, com mais de cinco milhões de toneladas, correspondente a um peso de 28 por cento, seguida de Zambézia, centro, com mais de três milhões de toneladas, correspondente a 19 por cento.


Salientou que em 2022 foram comercializados 17.945.344 toneladas de produtos diversos, contra 15.456.778 toneladas registadas em igual período de 2021, correspondente a um crescimento de 16 por cento e uma realização de 104 por cento do planificado.


“As culturas com maior rendimento foram os tubérculos com 22 por cento, cereais 24, leguminosas 21, e em contra mão as oleaginosas registaram um decrescimento de 11 por cento”, referiu o Presidente.


O incremento, segundo Nyusi, foi impulsionado por diversos factores, tais como a implementação do programa SUSTENTA que aumentou a produção e produtividade, a introdução do Fundo Rotativo de Comercialização, cadeias de valor para o agro-processamento através do Fundo Catalítico do Banco Mundial, e o sector industrial com capacidade de absorver perto de dois milhões de toneladas de várias culturas produzidas.


Nyusi disse que as empresas de fomento exportaram 8809 toneladas de algodão fibra, correspondente a 14 milhões de dólares norte-americanos, 142.673 toneladas de castanha bruta primária com receita de 52 milhões de USD, 2910 toneladas de macadâmia com casca resultando no encaixe de 14.5 milhões de USD, e as principais frutas de exportação que atingiram a cifra correspondente a 25 milhões de USD, com destaque para a banana.

(AIM)