Banco Mundial nega acusação de estar a empobrecer África com dívidas  

A vice–presidente do Banco Mundial para África nega que a instituição esteja a aproveitar-se dos pobres para se firmar no mundo, obrigando-os a dedicar as suas vidas para o pagamento de dividas.

Fevereiro 19, 2024 - 21:58
Junho 3, 2024 - 11:06
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Banco Mundial nega acusação de estar a empobrecer África com dívidas  

De acordo com Victoria Kwakwe, muitos dos fundos que são concedidos pela Associação de Desenvolvimento Internacional (do Banco Mundial) “são baratos, bastante bonificados, e até com zero juros.”

Falando a jornalistas domingo (18), em Adis Abeba, na Etiópia, depois de ter sido recebida, em encontro de cortesia, por Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, a fonte explicou que esse dinheiro são subvenções e têm sido úteis às populações.

“Esse dinheiro tem melhorado a vida das populações. Se não fossem esses fundos a situação podia ser pior”, afirmou.

“Portanto, são fundos concessionais, bonificados, doações ou subvenções para ajudar África,” acrescentou.

Vitória Kwakwe reagia às afirmações proferidas sábado, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva, durante a 37ª cimeira da União Africana.

Lula referiu que cerca de 60 países, muitos deles africanos, estão “próximos da insolvência e destinam mais recursos para pagamento da dívida do que para a educação ou saúde.”

“Isso reflecte o carácter obsoleto das instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial que agravam crises que deveriam resolver,” afirmou

Apelou para que se buscassem soluções para, segundo Lula, “transformar dívidas injustas e impagáveis em activos concretos.”Segundo relatos de fontes das comunidades locais, divulgados pela Lusa, os insurgentes atacaram a comunidade de Magaia, situada no posto administrativo de Mazeze, provocando a morte de quatro pessoas entre os residentes.

“Desde a manhã de Sábado que estão lá. Assassinaram o meu cunhado à plena luz do dia, entrando a disparar”, relatou um dos familiares das vítimas deste ataque.

Foi também reportado que, durante o ataque a Magaia, os rebeldes mataram outras três pessoas na manhã de sábado, enquanto estas laboravam nos campos agrícolas.

“Todos se encontravam nos seus campos de cultivo, quando os terroristas irromperam a disparar, vitimando as pessoas. O meu cunhado foi atingido por um tiro no pescoço ao tentar fugir”, afirmou o familiar de uma das vítimas.

Outra fonte local indicou que os terroristas destruíram várias infraestruturas públicas e privadas durante o ataque.

“Sei que destruíram a escola, por exemplo, e incendiaram muitas habitações na comunidade de Magaia. Actualmente, a população está a deslocar-se para a sede de Chiúre”, acrescentou a fonte.

Desde este ataque, tem-se registado um aumento no número de deslocados para a sede distrital de Chiúre. Para além da evacuação massiva da comunidade de Magaia, os residentes da aldeia de Ntonhane, situada a menos de 10 quilómetros de Magaia, também abandonaram as suas casas, temendo novos ataques.

“A situação está caótica. Os habitantes de Magaia abandonaram a área, tal como a comunidade de Ntonhane. Os terroristas encontram-se dispersos por Chiúre”, observou a fonte.

De acordo com Oliveira Amimo, administrador distrital de Chiúre, os ataques terroristas na região iniciaram-se a 3 de Fevereiro, quando os rebeldes penetraram no distrito, provenientes do vizinho distrito de Mecúfi, através da comunidade de Somas.

Nas últimas semanas, foram reportados diversos ataques por grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, incluindo abordagens a viaturas, sequestro de motoristas e exigências de resgates para permitir a circulação da população em algumas vias.