EN4 abarrotada de camiões de carvão e magnetite para Porto da Matola

O facto deve-se à maior procura por aqueles produtos e interrupção para manutenção da linha ferroviária de Ressano Garcia.

Agosto 19, 2022 - 17:09
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Nos últimos dias, tem-se registado um tráfego intenso de camiões com destino ao Porto da Matola, bloqueando troços da Estrada Nacional número 4 (EN4) e causando inconvenientes aos outros utilizadores desta via de acesso.

 

Do levantamento efectuado, os camiões que têm causado congestionamento são os que transportam carvão e magnetite, com destino ao Terminal de Carvão da Matola (TCM) e os camiões de combustíveis com destino às Terminais para armazenagem de Combustíveis instaladas no Porto da Matola.

 

Numa nota conjunta, a concessionária do Porto de Maputo e Matola (MPDC) e a empresa Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) explicam que “o aumento súbito do número de camiões é reflexo de um conjunto de factores, nomeadamente: o shutdown (interrupção para manutenção) da linha ferroviária de Ressano Garcia, que decorre de 15 a 25 de Setembro, bem como o aumento do número de camiões de combustível para carregamento desta mercadoria.”

 

Além disso, aquelas empresas apontam também outras razões para este congestionamento como sejam o aumento do preço de carvão no mercado internacional e os desafios actuais enfrentados pelos portos sul-africanos de Durban e Richard’s Bay que influenciaram a demanda do carvão e magnetite pelo TCM. Embora o TCM possua um terminal ferroviário,, a fonte refere que o aumento de fluxo obrigou à recepção de camiões como medida de contingência para fazer face à demanda crescente.

 

Tendo em vista a mitigação imediata do congestionamento que se verifica nos últimos dias, o comunicado refere que os CFM e A MPDC tomaram uma série de medidas para descongestionar a EN4 e outras vias da cidade da Matola.

 

O destaque vai para a criação de um posto avançado junto à EN4, logo a seguir à báscula de Pessene, com o objectivo de fazer a triagem e permitir a passagem de camiões com destino ao Porto de Maputo, controlando deste modo o seu fluxo de acordo com a capacidade das respectivas terminais.

 

“A introdução de soluções digitais para a gestão do fluxo de tráfego com destino às Gasolineiras, soluções essas já em uso no Porto de Maputo e pelo TCM; e o desenvolvimento de uma área para a melhoria de gestão de tráfego (uma medida já em fase de implementação) ”, lê-se na nota.

 

Nos últimos meses, sublinha a fonte, o CFM e a Transnet têm trabalhado conjuntamente na migração de carga para a ferrovia, uma acção que resultou recentemente no acordo de circulação de comboios sem interrupção entre Moçambique e a África do Sul. O CFM e seus parceiros continuarão a trabalhar no sentido de obter um maior equilíbrio entre a carga rodoviária e ferroviária e, desta forma, tornar o corredor de Maputo mais competitivo.

 

“Cientes dos transtornos que a situação acima descrita possa causar, endereçamos as nossas sinceras desculpas”, conclui o comunicado.