Fim do DDR coloca Moçambique nos "holofotes dos países exemplares na gestão de conflitos internos"

Foi durante a reunião da Câmara do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que Moçambique passou a constar de uma estrita lista de países composta anteriormente pelo Gana e Gabão, ao nível do continente africano que os diplomatas presentes elogiaram o País por ter concluído com sucesso o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo.

Portanto, o encerramento da 16ª base da Renamo, em Vunduzi, no distrito de Gorongosa, na província de Sofala, mereceu vários elogios na reunião do CSNU que na ocasião estava a analisar a situação política e militar no Mali. Falando na ocasião, a representante dos Emirados Árabes Unidos (EAU) disse que "deixa-me aproveitar esta oportunidade para estender as felicitações dos Emirados Árabes Unidos a Moçambique pela conclusão bem-sucedida do processo DDR dos homens da Renamo."

Intervindo na ocasião, o embaixador de Moçambique nas Nações Unidas, Pedro Comissário, disse que o País passou a constar da lista A3 (Gana, Gabão e Moçambique) que através do apoio das Nações Unidas que através de um enviado especial acompanhou todo o processo até ao fim. Segundo o Comissário, "a conclusão do processo de DDR, em Moçambique, testemunha a vontade política de dois líderes em dialogar para pôr fim ao conflito em Moçambique".

De referir que o DDR culminou com a entrega nas mãos do Presidente da República, Filipe Nyusi, através do líder da Renamo, Ossufo Momade, daquela que é tida como a última arma de fogo que se encontrava nas mãos da Renamo. Com o fim, espera-se que mais de 5 mil homens passem a ter uma pensão mensal para refazer suas vidas nas suas comunidades. (O. Omar)