Terroristas dizem que instalaram “portagens” na EN380 para contribuição à religião islâmica

O grupo de terroristas que, no domingo passado, montou "cancelas" em jeito de portagens entre Macomia e Silva Macua, ao longo da EN380, diz pretende efectuar cobranças para contribuirem para a religião islâmica, ou seja, “contribuição para Jihad”.

Fevereiro 16, 2024 - 23:13
Junho 3, 2024 - 11:11
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Terroristas dizem que instalaram “portagens” na EN380 para contribuição à religião islâmica
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Os terroristas dizem ainda, através de uma cartas que puseram em circulação (uma em inglês e outra em português) que os motoristas devem parar quando encontram “cancelas” na EN380 e proceder ao pagamento para permitir a livre circulação nas estradas moçambicanas do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico.

Na mesma carta, o grupo adverte que os motoristas cristãos e judeus não devem recusar qualquer pagamento, quando interpelados nessas portagens, sob pena, segundo escrevem, “levar a cabeça e de queimar as suas viaturas”.

Enquanto para os motoristas muçulmanos, o grupo diz que devem pagar quando interpelados na EN380 como uma forma de contribuição para o Islão.

As cartas, divulgadas pelos terroristas, começam com louvor an Allah (Deus) e uma saudação habitualmente usada pelos muçulmanos, seguida de cabeçalho de um alegado “Governo Islâmico de Moçambique”.

Refira-se que, no domingo passado, um grupo de 16 homens armados colocou barricadas ao longo da EN380 e de seguida começou a fazer cobranças aos motoristas que faziam o trajecto Silva Macua-Macomia e vice-versa, havendo casos em que foram necessários desembolsar entre 50.000 a 100.000 meticais. Devido a esta situação, a escolta militar que antes era feita de Oasse a Macomia-sede e vice-versa, também se estendeu a Macomia até Silva Macua.