FMA denúncia sabotagem interna e desvio de dinheiro na venda de bilhetes da LAM pela direção de João Pó

O director da Flay Modern Ark (FMA), empresa contratada pelo Governo para a restruturação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), denunciou  um esquema de desvio de dinheiro em lojas de venda de bilhetes, através de máquinas dos terminais de pagamento automático (TPA/POS) que não são da companhia.

Fevereiro 13, 2024 - 15:59
Junho 5, 2024 - 11:57
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FMA denúncia sabotagem interna e desvio de dinheiro na venda de bilhetes da LAM pela direção de João Pó

A empresa diz que, em alguns casos, o valor pago na compra de bilhetes cai em contas estranhas.  

“Fizemos um trabalho relâmpago com a segurança interna da LAM de recolher todos os POS e, dos 20 pontos de venda de bilhetes da LAM, recolhemos, até domingo, 81 POS. Há algumas lojas onde os próprios chefes dos estabelecimentos não reconhecem as máquinas e dizem não saber sequer a quem pertencem”, disse Sérgio Matos, numa conferência de imprensa havida ontem, em Maputo. 

A fiscalização começou há quase duas semanas, quando a empresa percebeu que, embora o número de bilhetes vendidos esteja a subir, as contas continuam longe do esperado.

“Está-se a vender, mas a empresa não está a ter todo o dinheiro e nos últimos três meses das avaliações fomos vendo que o diferencial que estávamos a ter estava na ordem entre dois milhões dólares 1,8 milhões de euros) e três milhões de dólares. Só no mês de Dezembro, estamos com um défice de 3,2 milhões de dólares”, disse.

Sérgio Matos avançou ainda que a inspecção registou casos suspeitos mesmo na recolha de dinheiro vivo nas lojas.

“A recolha do dinheiro em caixa é feita pelas empresas de segurança (…). Quando procuramos saber, nos pontos de venda da LAM, como é que é feita e quando é que recebem constatou-se que, algumas vezes, o depósito é feito três dias depois, o que quer dizer que recolhe-se dinheiro na companhia e depois o dinheiro fica guardado algures por dois, três dias e depois disso é que vem o `borderô´” (documento com demonstração de créditos e débitos de uma operação), afirmou Sérgio Matos.

A FMA denuncia também uma sabotagem interna movida pela direcção da LAM liderada por João Pó Jorge que faz de tudo para a FMA não atingir os objectivos para oas quais se propôs, nomeadamente tirar aquela companhia da falência e estabilizar as contas.