Governo vai fazer mexidas fiscais para conter a subida do preço do combustível

O Governo moçambicano vai promover mexidas de âmbito fiscal de curto prazo que incidam sobre a estrutura do custo dos combustíveis importados, como forma de aliviar o custo de vida no país que tem vindo a sofrer incremento considerável nos últimos dias.

As mexidas do executivo que visam mitigar a detioração das condições de vida dos moçambicanos, poderão incidir igualmente sobre a estrutura de gestão cambial, com vista a amortecer o efeito do custo dos produtos de primeira necessidade.

Essas medidas, que podem comtemplar subvenções ao sector formar de transporte de passageiros, são de natureza extraordinária e terão um impacto negativo no equilíbrio das contas públicas, assim como nos rácios relativos a gestão macroeconómica das reservas cambiais, mas poderão permitir a mitigação dos efeitos enquanto perdurarem os choques.

Este exercício foi anunciado hoje, em Maputo, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na cerimónia de tomada de posse do novo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala e o Vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saide.

“O Governo deverá de imediato avaliar medidas para o alívio, com o foco que ataca a estrutura do custo de combustíveis, nomeadamente, as medidas de natureza fiscal que possam amortecer, assim como a gestão cambial que possa reduzir o efeito de custos dos produtos”, disse Nyusi.

Nyusi avançou que o seu executivo considera urgente e necessária a implementação de medidas que aliviem o custo de vida em Moçambique, tendo assegurado que Já há uma equipa que esta a trabalhar para encontrar soluções para mitigar os impactos da subida generalizada de preços dos produtos no país.

“O custo de vida já não é cancão, nem assunto para fazer piadas, é uma realidade em Moçambique, em Africa e no mundo. Já há uma equipa que esta a trabalhar para trazer medidas de alívio ao custo de vida no país. Sabemos que qualquer medida tem suas implicações”, disse.

Segundo PR, o Governo tem a plena consciência dos efeitos do aumento de preços na corrosão do poder de compra das famílias moçambicanas, tendo explicado que, as projeções a curto e médio prazo dos preços das principais mercadorias, com destaque para o petróleo e cereais, fazem o executivo concluir que o momento que se vive é de crise com proporções que requerem uma intervenção mais firme do Governo.

“Vivemos um momento peculiar, em que a conjuntura económica caracteriza-se pela pressão inflacionista decorrente de aumento de procdutos energéticos e cereais que atingiu todos os países do mundo”, vincou.

Este posicionamento do executivo moçambicano em relação a onda de subida de preços no país, acontece numa altura em que circulam informações na imprensa nacional dando conta de um possível reajuste do preço de combustíveis para próxima semana.