Jornalista do CDD já está em liberdade depois de “raptada” pela polícia

“Os polícias perseguiram-me, levaram-me à força e depois colocaram-me debaixo do 'Mahindra'. Ameaçaram-me e disseram que eu estava a filmá-los, e, por isso, deveria ter uma conversinha com eles," conta a jornalista, depois de uma noite nas mãos da polícia.

Junho 5, 2024 - 14:57
Junho 5, 2024 - 15:10
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Jornalista do CDD já está em liberdade depois de “raptada” pela polícia

A jornalista do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), Sheila Wilson, já está em liberdade depois de ter sido agredida e raptada pela Polícia da República de Moçambique (PRM). Wilson relata que cerca de sete polícias a levaram enquanto realizava uma cobertura jornalística, levando-a para a quarta esquadra da PRM, na cidade de Maputo.

Segundo Sheila Wilson, os agentes justificaram as suas acções dizendo que estavam apenas a cumprir ordens. O presidente do CDD, Adriano Nuvunga, afirmou que tal acção representa um atentado à democracia, às liberdades e à vida da jornalista.

A jornalista foi “sequestrada” pela polícia enquanto reportava uma situação de violação dos direitos humanos, perpetuada pela PRM contra centenas de antigos oficiais das Forças de Defesa, que protestavam à porta da ONU pelo não pagamento dos subsídios prometidos aquando da assinatura dos Acordos Gerais de Paz.

O CDD promete intentar uma acção contra o governo moçambicano a nível interno e internacional.