Mais de 10 mil deslocados beneficiam de Bilhetes de Identidade
Cerca 10.273 deslocados devido aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, beneficiaram de Bilhetes de Identidade (BIs) graças a uma iniciativa da UNICEF
Pelo menos 10.273 deslocados devido aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, beneficiaram de Bilhetes de Identidade (BIs) graças a uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) em parceria com a Universidade Católica de Moçambique (UCM).
A iniciativa é implementada pela Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC) através de 308 brigadas móveis criadas para aproximar os serviços de identificação ao cidadão e que culminaram com o atendimento de um total de 29.377 pessoas.
A informação foi avançada hoje em Maputo, pela porta-voz da DNIC, Gilda Lameque, num contacto que serviu para a fonte fazer o balanço das actividades realizadas pela DNIC de Janeiro a Maio do ano em curso.
“Daquele número, 10.273 são deslocados do terrorismo cadastrados no âmbito do Projecto de Reconstrução de Cabo Delgado, levado a cabo em parceria com a Universidade Católica de Moçambique (UCM) e UNICEF”, disse a porta-voz da DNIC.
Entretanto, a DNIC recebeu, no mesmo período, no geral, um total de 697.360 pedidos de emissão de BI’s, contra 500.973 do período homólogo de 2021. Destes foram levantados 497.754, contra 460.084 de igual período anterior.
Dos pedidos submetidos foram produzidos 622.995 bilhetes.
Segundo Lameque, no mesmo período, foram emitidos, na diáspora, 1.382 documentos nas 14 missões diplomáticas e consulares, contra 963 do período homólogo de 2021, com destaque para a vizinha África do Sul (637), e Portugal (415).
No período em análise foram detectados e frustrados 12 tentativas de falsificação de documentos por cidadãos nacionais e estrangeiros.
“Foram detectados e frustrados seis casos em Mandimba, província de Niassa, caracterizados por apresentação de identidade alheia; um em Gilé, na província da Zambézia, por tentativa de obtenção de BI com recurso a certidão de nacimento falsa; três na província de Manica protagonizados por cidadãos de nacionalidade Zimbabweana; e dois na província de Maputo, envolvendo cidadãos de origem indiana”, explicou.
A porta-voz da DNIC anunciou que foram instaurados sete processos disciplinares contra igual número de funcionários da instituição envolvidos em actos de corrupção, e falta de prestação de contas.
Quatro processos envolvem funcionários afectos na província de Maputo, dois na província de Nampula, e um na cidade de Maputo.
