Marracuene quer ser referência na implantação de novas unidades industriais
O distrito de Marracuene, província meridional de Maputo, em Moçambique, quer impulsionar o desenvolvimento económico e social, com vista a criação de mais postos de emprego, através da implantação de mais indústrias transformadoras.
Para o efeito, segundo o administrador distrital de Marracuene, Shafee Sidat, está interdita a atribuição de títulos de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUATs), para a construção de residências, quintas familiares e outros, no perímetro da estrada circular de Maputo.
Segundo o administrador, consta do plano quinquenal do governo, a nível daquele distrito, o aumento do número de unidades fabris para melhorar a oferta de emprego.
Actualmente, segundo a fonte, existem naquele distrito mais de 1.000 pequenas empresas e 14 de grande dimensão que empregam cerca de três mil cidadãos.
O distrito regista um grande crescimento populacional, tendo passado de 240 mil para 270 mil habitantes no período compreendido entre 2019 a 2021, disse Sidat, pelo urge criar mais postos de emprego, principalmente para os jovens.
“O nosso Conselho Consultivo definiu que a Circular de Maputo, a partir do bairro do Chiango até a vila de Marracuene, deve ser toda ela industrial. Portanto, vamos criar indústrias ao longo da circular e vamos convidar pessoas que estejam nestas áreas para criarem indústrias”, disse Sidat, esta quinta-feira (08), em Marracuene, durante o lançamento da água Fonte Fresca, um produto da Sociedade de Águas de Moçambique (SAM).
“Penso que temos que crescer gradualmente, não só em termos habitacionais mais também trazer indústrias para termos mais emprego. Queremos transformar o nosso distrito, num distrito industrial. Por isso, decidimos que ao longo da nossa circular não queremos mais casas e nem quintas. Queremos apenas indústrias”, disse Sidat.
Por seu turno, o administrador geral da SAM, António Alves, sublinhou que numa primeira fase estão assegurados cerca de 50 postos de trabalho para jovens residentes naquele distrito, estando para breve a conclusão de mais uma unidade industrial.
Segundo a fonte, a perspectiva da empresa é estabelecer mais unidades, para ajudar no desenvolvimento do país e criar mais oportunidades de emprego para os jovens.
“Nós começámos há quatro anos paulatinamente, como podem observar a empresa está a crescer, temos uma nova unidade que vai ser ligada ainda este ano. Vamos construir mais pavilhões para poderem dar apoio logístico, armazenamento de matérias-primas. Portanto, o futuro afigura-se risonho”, disse Alvez.
A fonte avançou que, numa primeira fase a empresa vai encher mais de 300 mil litros por dia, com qualidade inquestionável e em conformidade com os padrões exigidos pelo mercado.
“Temos laboratórios de microbiologia e de físico-química que controlam esta água diariamente, 24 horas por dia. Somos defensores de uma água mineralizada naturalmente no solo, queremos dar água de qualidade a população”, acrescentou.