Moçambique defende acesso a financiamento para transição energética
Moçambique defende o acesso a financiamento, tecnologia e conhecimento no processo de exploração dos recursos naturais disponíveis no país, como forma de permitir uma transição energética justa e segura.
O gás natural, em particular, fornece uma alternativa de transição energética justa, devido às suas vantagens como fonte menos poluente, em relação às outras, como o carvão e petróleo, que agora dominam a matriz global, sem descurar o aproveitamento de todas estas fontes energéticas de que o país dispõe.
Segundo o “Notícias”, a ideia foi defendida segunda-feira (08), em Maputo, pela directora nacional adjunta de Energia no Ministério dos Recursos Minerais e Energia, Marcelina Matavel, falando em representação do titular da pasta, na abertura do Fórum de Negócios Moçambique – Itália, com foco para a área de energia.
Na ocasião, ela frisou a vontade de contar com os parceiros de cooperação e sector privado nacional e estrangeiro nesta empreitada.
Segundo Marcelina Matavel, os projectos de gás natural de Moçambique posicionam-se como uma contribuição acertada para o fortalecimento da resposta global aos efeitos das mudanças climáticas, bem como para o aumento da disponibilidade de energia e redução da pobreza no mundo. Daí que, de acordo com a dirigente, a Política e a Estratégia do Governo para o sector de energia estabelecem como principais objectivos o aumento do acesso à energia, melhoria da qualidade e segurança de fornecimento deste recurso, para responder às crescentes necessidades energéticas decorrentes do desenvolvimento económico e social do país.
“Moçambique tem um vasto potencial de recursos minerais, como grafite, lítio, gás natural, entre outros, que poderão contribuir de forma valiosa para os esforços globais de transição energética”, disse.
Acrescentou que o Executivo tem promovido investimentos na prospecção, pesquisa e produção destes recursos, na perspectiva de que a sua exploração possa beneficiar o país e outros mercados consumidores e no contexto da descarbonização das indústrias.
O evento contou com a presença de mais de 50 empresas italianas líderes no sector de energia a operarem em Moçambique e África do Sul e outras provenientes das câmaras italianas da Ásia e empresários moçambicanos que investem nesta área.
O fórum discutiu vários temas, com destaque para os domínios de gás, economia circular e verde como biomassa, energia solar, hidrogénio e a gestão de resíduos.
