Nyusi desafia MTC a melhorar mobilidade e comunicação de pessoas e bens

Filipe Nyusi, desafiou hoje, o novo Ministro dos Transportes e Comunicações a encontrar soluções para a problemática da mobilidade e comunicação de pessoas e bens no país,

Junho 14, 2022 - 23:10
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Nyusi desafia MTC a melhorar mobilidade e comunicação de pessoas e bens
Filipe Nyusi, Presidente da República

O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafiou hoje, o novo Ministro dos Transportes e Comunicações a encontrar soluções para a problemática da mobilidade e comunicação de pessoas e bens no país, apontado como um constrangimento no comprimento da agenda de governação.

 

A referida mobilidade deverá se traduzir na provisão de um sistema de transporte acessível e fiável, como factor essencial para os comerciantes façam chegar os seus produtos a qualquer ponto do país, os alunos cheguem a tempo a escola, os jovens cumpram as suas obrigações e os adultos estejam a horas aos seus postos de trabalho.

 

Nyusi, deixou ficar essas exigências na cerimónia onde empossou ao novo timoneiro do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), Mateus Magala, um quadro sénior do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), com longa experiência de gestão no continente, tendo passado pela Eletricidade de Moçambique, onde implementou reformas estruturantes.

 

“O sector que vai dirigir é nefrálgica e transversal a toda a governação. Um dos constrangimentos para o cumprimento com sucesso da nossa agenda de governação é o facto dos moçambicanos terem dificuldade de acesso ao transporte rodoviário, marítimo, ferroviários e aéreo. Tal deve-se a falta de transporte em qualidade e quantidade, e quando há os custos são elevados e esse cenário deve mudar”, disse Nyusi.

 

Orientou o MTC aumentar o número de autocarros e outros meios de transporte de massas, adotando um modelo operacional que permita uma viabilização económica e financeira, sem recurso as subvenções do Estado, orientando ao Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO), a agir como catalisador da mobilidade de pessoas e imprimir celeridade na emissão de documentação legal aos cidadãos.

 

Vincou a necessidade de aumento da mobilidade e conectividade das pessoas que tem sido afectada pela onda de sinistralidades rodoviárias, provocadas pelas mas condições das vias, excesso de velocidade e erros humanos.

 

“Tem a missão de conduzir acções que eliminem acidentes de viação graves que ocorrem nas estradas. Deve se intensificar a inspeção de veículos, sinalização de estradas e maior coordenação com a polícia de trânsito, para além de outras medidas”, vincou.

 

PR recomendou ao ministro a olhar para a situação económica das empresas públicas sob tutela do MTC, nomeadamente as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Tmcel, e os Aeroportos, no sentido de reduzir o seu passivo e manter uma rota de crescimento consentâneo com as exigências da economia nacional.

 

Explicou que era necessário prosseguir com a reestruturação dessas empresas mediante um plano assente em pressupostos realísticos e cuja evolução pode ser progressiva em função da rentabilidade das mesmas, encorajando o redimensionamento dos activos, alguns dos quais sem plena utilização como é o caso do Aeroporto de Nacala, zona norte.

 

“Não podemos hesitar, temos que avançar nessas empresas para pôr o país a andar. Implementar mecanismos de auditorias e sistemas de governação que garantam que o procuriment e programas de investimentos não resultem em desvio de fundos”, orientou.

 

No quadro da localização geoestratégica do país na região, PR instou o novo ministro a acelerar a modernização das infra-estruturas ferro-portuárias, nos corredores de Maputo, Beira e Nacala, orientados para os países do interland, incluindo a República Democrática do Congo e Botswana, numa base de vantagens partilhadas.

 

Pediu uma especial atenção a cabotagem marítima recentemente relançada no país, para que se transforme numa alternativa viável ao transporte rodoviário e ferroviário, fortalecendo uma economia de escala e com custos operacionais reduzidos.

 

Na sua primeira declaração a imprensa, o empossado disse que os desafios são enormes, mas porém superáveis, sendo que, a sua primeira acção passará pela integração ao grupo de trabalho, procurando entender melhor os programas do sector para posterior esboço de resoluções para os grandes problemas apontados.

 

“Nas áreas de mobilidade e comunicação temos muitos problemas, mas também muitas potencialidades”, disse.

 

Prometeu trabalhar com todas as forças vivas da sociedade no sentido de transformar o sector num motor da economia, produzindo receita e gerando postos de trabalho.