Para breve a reestruturação da Tmcel e LAM

O governo moçambicano deverá apresentar, até ao fim do primeiro trimestre de 2023, uma proposta para a reforma da operadora de telefonia móvel Tmcel e da companhia de bandeira nacional Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

Dezembro 2, 2022 - 16:29
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Para breve a reestruturação da Tmcel e LAM
TMCEL e LAM

Ambas são empresas públicas que actualmente se debatem com uma enormes dificuldades financeiras.


A informação foi adiantada hontem (01) pelo ministro dos Transportes e Comunicações (MTC), Mateus Magala, à margem do 40º Conselho Coordenador da instituição que dirige que decorre em Maputo, sob o lema: “Transpores, Comunicações e Meteorologia Promovendo a Economia Digital e a Mobilidade Sustentável”


O ministro, que descarta a possibilidade da venda de ambas as empresas, anunciou que decorre um processo de análise de mecanismos de reforma.

 

“Ainda ontem (quarta-feira), recebi o relatório preliminar. Até ao primeiro trimestre de 2023, teremos uma base sólida para que tenhamos o caminho ideal para a reforma das duas empresas, de modo que saiam do actual estado negro em que se encontram.”


Sobre a possibilidade da privatização de ambas empresas, Magala respondeu “eu nunca disse que vamos privatizar estas empresas. O que disse é que, querendo-se fazer boas reformas, não se pode excluir as piores opções. Neste caso, deve-se pôr todas opções na mesa. Não se privatiza uma empresa púbica a bel-prazer … e não é verdade que a privatização é a cura de todos os males.”


O ministro revelou ainda que decorre um programa para a capacitação de transportadores interessados em formalizar as suas actividades, para que possam pagar impostos e outras taxas previstas na lei.

“Queremos fornecer treino aos transportadores sobre como formalizar uma empresa informal, seja ela pequena, média ou doutra magnitude. Temos que criar mecanismos para a gestão desse processo, tendo em conta a gestão financeira e os recursos humanos”, disse.


“É para que estas empresas sejam verdadeiras e modernas, capazes de gerar custos, introduzir inovações e melhorar a qualidade do serviço nos transportes públicos”, sublinhou.


Na mesma ocasião, Magala apelou aos transportadores privados para que não abandonem as actividades as altas noites, assim como na hora da ponta, porque “são agentes e parceiros no fornecimento de transporte ao cidadão. Estamos todos numa fase de resolução de problemas.”

Como forma de responder à escassez de transporte no período nocturno e nas horas da ponta, o ministro disse que o governo, juntamente com o sector privado, está a arranjar uma solução que consiste em introduzir, nas principais rotas problemáticas, mais autocarros.

Por sua vez, o Presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Castigo Nhamane, defende que o Governo deve procurar alternativas flexíveis para resolver o problema dos subsídios adoptados para travar a subida da tarifa.

 

“Uma vez que o subsídio termina ainda este mês, o governo deve arranjar outras formas de financiamento. Se isso não houver, poder-se-á incrementar a tarifa. A questão do subsídio é ideia do governo. O nosso posicionamento, como transportadores, é que se deve reajustar a tarifa”, disse Nhamane.


Os passageiros devidamente licenciados, de acordo com o representante da FEMATRO, “estiveram a receber mensalmente os seguintes valores: 12.720 meticais para mini-bus de 12 lugares; 20 mil para de 30 lugares; 55 mil para o autocarro.”


“Esperamos que o governo se pronuncie. Ou reajusta a tarifa ou arranja formas de continuar a subsidiar os transportadores”, sublinhou Nhamane.