UE desembolsa 15 milhões de euros para impulsionar produção alimentar

A União Europeia (UE), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), vai desembolsar 15 milhões de euros para atenuar o impacto do elevado custo de produção de alimentos e expandir as reservas alimentares estratégicas em Moçambique.

Novembro 8, 2022 - 16:11
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Para o efeito, foi rubricado hoje, em Maputo, o Acordo de Operacionalização do Projecto de Reserva Alimentar pelo director Geral do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), Mohamed Valá, e pelo representante da FAO, Hernani da Silva.


“Moçambique receberá um total de 23 milhões de euros para a assistência alimentar imediata às pessoas necessitadas e para estimular uma produção nacional sustentável. Este montante faz parte dos 600 milhões atribuídos pela União Europeia aos países da Organização dos Estados África, Caraíbas e Pacifico (OACP). Dos 23 milhões, a União Europeia está a canalizar 15 milhões”, disse o embaixador da União Europeia, Antonino Maggiore.


O valor desembolsado, de acordo com Maggiore, visa atenuar o impacto do custo de alimentos e reforçar as reservas alimentares para que o país esteja devidamente preparado para garantir a segurança alimentar.


“O objectivo é apoiar a produção de 20 mil toneladas (16 toneladas de milho e 04 de feijão), o que reapresenta a procura comercial total do ICM”, disse o diplomata, adiantando que a actual crise alimentar é agravada pela “agressão da Rússia contra a Ucrânia.”


Para Hernani da Silva, o referido valor vai ajudar a fortalecer as reservas de cereais, mitigar a insegurança alimentar e nutricional entre as populações mais vulneráveis.


“Este financiamento ajudará a mitigar o risco da escassez de cereais e leguminosas, contribuindo de igual modo para a estabilização de preços de alimentos e reduzir os riscos da insegurança nutricional da população, principalmente entre os mais vulneráveis”, disse Da Silva.


Sublinhou que o apoio possibilitará o robustecimento das reservas alimentares nacionais, incrementando a resiliência nutricional.


“Para maior sinergia e eficácia, as actividades serão ancoradas ao programa Agribiz, que está a ser implementado em todo o país”, afirmou Da Silva, adiantando que a actual crise alimentar mundial é a mais severa dos últimos 15 nos.