UEM e UE formam parceria para estimular investigação científica em Moçambique
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais antiga instituição do ensino superior em Moçambique, está a trabalhar, em parceria com a União Europeia (EU), no sentido de estimular a investigação científica no país.
A iniciativa, anunciada pelo reitor da UEM, Manual Guilherme Júnior, vai além de focar na investigação, pois também inclui assuntos ligados à empregabilidade dos jovens recém-graduados.
“A UEM iniciou um processo interno de transformação para uma universidade de investigação, dando, como é óbvio, total primazia a investigação e produção científicas como alicerces para as suas missões tradicionalmente identificadas, nomeadamente: ensino e extensão universitária”, referiu.
Uma das grandes preocupações da sociedade e universidades moçambicanas é a elevada taxa de desemprego que afecta a juventude, particularmente os recém-graduados. Para responder a este grande desafio, a UEM tem desenvolvido várias acções, com destaque para a primeira feira de emprego que teve lugar quarta-feira (17).
“A UEM organizou a sua primeira edição da feira de emprego, rumo à consolidação de uma vasta cadeia de valores para apoiar os nossos estudantes durante o seu período de formação, mas também no período pós-formação”, afirmou o académico.
Uma das temáticas que mereceu uma atenção especial são as mudanças climáticas, numa altura que Moçambique tem sido, ciclicamente, afectado por eventos extremos, tendo o reitor, falado das acções em curso para que a instituição que dirige possa melhor intervir. Realçou o papel imprescindível dos parceiros para a efectivação da aspiração.
“Estamos também num processo de criação de centro de excelência em mudanças climáticas e acreditamos que este pode ser o melhor passo para que a UEM possa contribuir na abordagem integrada desta temática e para o efeito contamos com todos os parceiros na concretização desse desiderato”, declarou Guilherme.
Aliás, o governo moçambicano estima que os desastres naturais que assolaram o país, nos últimos 20 anos, geraram perdas na ordem de 1,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Os choques naturais mais devastadores na economia foram ciclones, cheias, secas severas, que ocorrem com uma maior frequência e intensidade.
Os dados foram revelados hoje pela vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, durante o Fórum Económico e Financeiro, evento que tinha por objectivo reflectir sobre as perspectivas de investimento e financiamento à economia.