Um em cada oito adultos vive com Hiv/Sida
Um em cada oito adultos vive com o HIV/SIDA em Moçambique, é a conclusão do Inquérito Nacional sobre o Impacto do HIV/SIDA em Moçambique (INSIDA2021) lançado hoje, em Maputo.
O inquérito demonstra a necessidade de fortalecer as medidas de prevenção para reduzir o número de novas infecções e mostra que a prevalência da doença em adultos de 15-49 anos é de 12,5 por cento, o que corresponde a 2.097.000 adultos vivendo com o vírus.
Falando durante o evento, no âmbito das celebrações do Dia Mundial do SIDA que se assinala a 01 de Dezembro no mundo inteiro, o director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, revelou que a prevalência do HIV/SIDA entre adultos varia de 7,9 por cento na província de Manica a 20,9 por cento em Gaza.
'A prevalência do HIV/SIDA em Maputo província foi de 15,4 por cento, Maputo cidade (16,2%), Zambézia (17,1 %), Niassa (8,0%), Tete (8,4%), e Nampula (10,0%). A província de Gaza e Manica foram substancialmente mais elevadas neste aspecto', apontou.
Entre as mulheres, disse Samo Gudo, a prevalência de HIV/SIDA varia de 4,5 por cento na faixa etária de 15 a 19 anos de idade a 26,6 por cento entre 35 a 39 anos, respectivamente.
No caso dos homens, a prevalência de HIV/SIDA varia de 1,6 por cento na faixa etária 15 a 19 anos, a 19,6 por cento entre adultos de 40 a 44 anos.
'A prevalência de HIV/SIDA foi duas a três vezes maior entre mulheres quando comparada aos homens na faixa etária de 15 a 29 anos', frisou.
A fonte explicou que o alcance da supressão viral ainda é um desafio em quase todas as faixas etárias para ambos os sexos, principalmente entre mulheres de 15 a 24 anos e homens de 15 a 34 anos de idade.
'Em Moçambique, 71,6 por cento de adultos vivendo com o HIV/SIDA conhecem o seu estado serológico, sendo 73,3 por cento entre mulheres e 68,5 por cento entre homens. O conhecimento do estado serológico positivo foi definido pela auto declaração do participante sobre o seu estado ou pela presença de anti-retrovirais detectáveis no sangue', avançou.
Já, entre os adultos que estavam em tratamento anti-retroviral, cerca de 89,4 por cento apresentavam supressão da carga viral, sendo 90,4 por cento entre mulheres e 87,6 por cento entre homens.
No que diz respeito as metas 95-95-95, Moçambique já atingiu a meta de 95 por cento de tratamento para pessoas vivendo com o HIV/SIDA que conhecem seu estado, entretanto, esforços devem ser empregues para se alcançar as metas de diagnóstico e supressão da carga viral.
O INSIDA2021 foi elaborado com base num estudo comunitária realizado entre os meses de Abril de 2021 a Fevereiro de 2022 com o objectivo de medir o impacto de resposta nacional e provincial ao HIV/SIDA.