Agentes da UIR acusados de assassinarem três civis, entre eles um professor de uma escola primária em Mocímboa da Praia

É um caso que está a agitar a população do distrito municipal de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, tudo porque quando eram cerca das 18 horas do último sábado (10.06) três civis foram barbaramente assassinados supostamente por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), posicionados no bairro Pamunda.

Segundo fontes locais ouvidas pela "Integrity", os civis, entre eles, um professor da Escola Primária Completa Milamba-Mocímboa da Praia – Sede, foram assassinados simplesmente porque os agentes queriam se apoderar dos smartphones de duas das vítimas, tendo a 3ª vítima assassinada alegadamente por ter visto o acto bárbaro a ser protagonizado pelos agentes em questão.

O caso conforme apuramos, já levou a comunidade local a pedir uma audiência para esta segunda-feira (12.06) com o Governador da província, Valige Tauabo e com o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi. A audiência tem como um único ponto de agenda: "retirada imediata das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas do distrito de Mocímboa da Praia, ficando-se apenas com as Forças de Defesa Ruandesas", garantiu a fonte.

Prosseguindo, a fonte revelou que o caso deixou a população revoltada e que prometeu retaliar caso o pedido não venha a ser satisfeito pelas autoridades governativas ao nível provincial e nacional, uma vez que é uma prática rotineira de alguns elementos das FDS moçambicanas, maltratar à população, chegando mesmo a assassinarem algumas delas, por razões triviais como se verificou no último sábado, onde um professor, natural de Ancuabe e residente em Mocímboa da Praia há mais de 10 anos foi cruelmente assassinado por elementos da UIR, uma das especialidades da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Entretanto, diante da situação, "Integrity" não conseguiu colher as reacções das autoridades policiais em Cabo Delgado e muito menos governamentais. Contudo, a nossa reportagem aguarda pelos contornos do caso apos a reunião marcada para esta segunda-feira (12.06). (O. Omar)