Bebidas contrafeitas e ilegais chegam no mercado a metade do preço

A Associação dos Produtores e Importadores de Bebidas Alcoólicas (APIBA) afirma que as bebidas ilícitas chegam ao mercado para a sua comercialização em Moçambique a um preço 50% mais barato comparativamente ao valor que deveria ser aplicado a um produto genuíno e cuja importação obedeceu todos os requisitos legais.

Dezembro 2, 2022 - 16:21
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Os números foram divulgados ontem, em Maputo, por Custódio Pedro, director da APIBA durante o lançamento da campanha sobre a Prevenção do Consumo do Álcool ilícito.


“As bebidas contrafeitas chegam no mercado 50% mais barato, factor que bloqueia a sustentabilidade económica das empresas que operam dentro dos padrões”, referiu.


Acrescentou que a contrafacção de bebidas alcoólicas tem um impacto negativo na indústria pelo facto de se tratar de uma concorrência desleal, cujas consequências destacam-se a redução de crescimento de marcas, perda de receitas e fraca retenção no mercado.


Por sua vez, Agostinho Vuma, presidente da CTA, diz que acima de todos intervenientes no processo de produção, importação e comercialização, o Estado é o maior prejudicado com a circulação e consumo do álcool ilícito.

 
Daí a importância da campanha hoje lançada, segundo Vuma, porque visa consciencializar os produtores, importadores, fornecedores e consumidores sobre as ameaças decorrentes da colocação no mercado de produtos contrafeita.

 

“A busca pelo lucro não se deve sobrepor ao bem comum, particularmente a saúde pública”, disse.


Por isso, encoraja as instituições do Estado, nomeadamente a Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) a redobrar os esforços de fiscalização, apreensão e destruição de todo tipo de álcool ilícito que circula nos mercado nacional.


Já Tomás Timbane, director nacional de operações da indústria, comércio, turismo e transportes na INAE, defende que a presente campanha é uma oportunidade para a conjunção de esforços com vista a combater a venda e consumo do álcool ilícito.


Com relação aos níveis de contrabando e comercialização das bebidas alcoólicas, a fonte recorda que “foi encerada, ainda este ano, uma fábrica de produção de bebidas alcoólicas na província de Manica”.


Refira-se que a contrafacção afecta particularmente as bebidas espirituosas, contrariamente das cervejas, cujos índices situam-se em cerca de 1%.