CFM vai reabilitar Porto de Mocímboa da praia este ano

A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) está a trabalhar para assegurar a reabilitação das infra-estruturas portuárias de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, norte do país.

Agosto 4, 2022 - 20:29
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CFM vai reabilitar Porto de Mocímboa da praia este ano
Mocímboa da Praia

Não foram revelados os montantes a serem despendidos nos trabalhos, mas sabe-se que a companhia ferro-portuária aponta para a reposição das condições para o reatamento das actividades do Porto de Mocímboa da Praia como um dos investimentos que a direcção-executiva da região norte deve concretizar este ano.


Dados avançados recentemente pelo Governo indicam que a reabilitação das infra-estruturas do Estado destruídas em pelo menos sete distritos afectados pelo terrorismo em Cabo Delgado vai custar perto de 638 milhões de meticais (cerca de 10 milhões de dólares norte-americanos).


Segundo o AIM, a maior parte do valor será aplicada em Mocímboa da Praia, um dos distritos mais afectados pela violência armada.


Vandalizado pelos terroristas, o Porto de Mocímboa da Praia é de capital importância para a logística de toda a economia do norte da província, sobretudo para os projectos de exploração do gás natural liquefeito no distrito de Palma. Aliás, Mocímboa da Praia, onde se localiza o porto com o mesmo nome, está a cerca de 70 quilómetros da área de construção do projecto de exploração do gás natural liderado pelo grupo francês Total.


No seu relatório e contas publicado recentemente, a empresa CFM aponta que, além do Porto de Mocímboa da Praia, a direcção-executiva da região norte deve este ano ampliar o Porto de Pemba, na capital de Cabo Delgado, tendo em vista maximizar o volume de negócios com a implantação dos projectos de petróleo e gás.


No início desta semana, as autoridades em Cabo Delgado fizeram saber que a reconstrução da vila de Mocímboa da Praia vai incluir o reordenamento urbano para melhorar a vida das populações e reforçar a segurança dos bairros.

Após ocupação que durou pouco mais de um ano pelos terroristas, Mocímboa da Praia foi saqueado e quase todas as infra-estruturas públicas e privadas destruídas. É o caso dos sistemas de energia, água, comunicações e hospitais.

Quase a totalidade da população, estimada em 62 mil pessoas, abandonou a vila costeira devido ao conflito nos últimos quatro anos, com destaque para a fuga em massa que ocorreu após a intensificação das acções dos terroristas em Junho de 2020.

O que se pretende agora é que o reordenamento da vila possa também servir para melhorar as condições de segurança para as populações que gradualmente regressam às suas zonas de origem.