China perdoa 23 empréstimos de 17 países africanos

A China renunciará a 23 empréstimos sem juros a 17 países africanos que venceram até o final de 2021, anunciou, na semana finda, o Ministro das Relações Exteriores daquele país, Wang Yi, durante o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, sigla em Inglês).

O governante chinês não mencionou os nomes dos países beneficiários. Entretanto, Moçambique é um dos países que mais deve à China. Aliás, a China é um dos principais credores bilaterais de Moçambique. Dados do Ministério da Economia e Finanças indicam que até o segundo trimestre de 2022, o stock da dívida pública do país com a China era de 1.8 bilião de USD.

Disponível no site do Ministério das Relações Exteriores da China, a intervenção de Wang Yi no FOCAC sublinha que, para além de perdão da dívida, aquele país vai fornecer assistência alimentar às 17 nações africanas.

“A China continuará a apoiar e a participar activamente na construção de grandes infra-estruturas em África por meio de financiamento, investimento e assistência. Também continuaremos a aumentar as importações da África, a apoiar o maior desenvolvimento dos sectores agrícolas e manufatureiros e a expandir a cooperação em indústrias emergentes, como economia digital, saúde, sectores verdes e de baixo carbono”, garantiu o Ministro.

Para a materialização dos objectivos, o governante disse que a China já desbloqueou mais de três bilhões dos 10 bilhões de USD em facilidades de crédito prometidas às instituições financeiras africanas, tendo quase 2,5 bilhões de USD de empréstimos sido canalizados para os programas prioritários da África.

Além disso, Wang Yi disse que mais de 2 bilhões dos 10 bilhões de USD de financiamento ao comércio foram alocados, e a importação de produtos africanos pela China, em sete meses, atingiu 70,6 bilhões de USD, numa altura em que as empresas chinesas já investiram 2,17 bilhões de USD dólares em África