CTA propõe reflexão sobre alto número de veículos no país
O Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, insta a uma reflexão sobre o alegado significativo aumento do número de veículos no país, sobretudo na cidade e província de Maputo.
Vuma fez a proposta discursando em Maputo, durante a cerimónia de abertura da segunda edição da feira Automóvel Multi-Marcas, “Maputo Auto Show”, que decorreu durante o final de semana na capital moçambicana.
“A dinâmica do nível de crescimento anual do parque automóvel moçambicano e das viaturas que esta indústria movimenta obriga-nos como nunca a refletir seriamente sobre políticas, nomeadamente de importação e comercialização de viaturas”, disse.
Acrescentou que “neste exercício reformista, visando dinamizar esse sector, será necessário o estabelecimento de cotas em termos de viaturas importadas para o nosso país”.
Vuma tem como pressuposto para a sua reflexão o crescente número de veículos no país que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021, se situou em 1,1 milhão de viaturas dos quais 802 mil ligeiros e cerca de 135 mil pesados, além de outros cerca de 9.624 tratores.
Em finais de 2022 o número cresceu para 1,2 milhão de viaturas, um crescimento na ordem de cinco por cento, dos quais 528.179 correspondem à cidade e província de Maputo. Um crescimento que, segundo o Banco de Moçambique, esteve associado a um aumento significativo nas importações de veículos e acessórios, que atingiram 473,4 milhões de dólares em 2023.
Em meio a esses números, Vuma ressaltou a necessidade premente de políticas e reformas que tornem o sector automobilístico mais atrativo para investidores.
“De modo a criar medidas e políticas legislativas mais eficientes para a contínua dinamização do sector, devemos continuar a trabalhar com o governo, o que vai transmitir a necessária confiança aos investidores, possibilitando, desta forma,o aumento da competitividade do sector de importação e comercialização de viaturas em solo moçambicano”, defendeu.
Disse ainda que “uma abordagem desta realidade neste sentido poderá contribuir de forma significativa para o estabelecimento de várias agências de representação de diversas marcas internacionais de importação e comercialização de viaturas no país, contribuindo assim para o aumento da capacidade da indústria nacional de importação e comercialização de viaturas”.