Disparos e detenções marcaram últimos momentos de votação em quatro autarquias

A Polícia República de Moçambique (PRM), voltou a fazer detenções e disparos para dispersar as pessoas nos últimos momentos de encerramento da nova votação, que decorreu ontem (10) em quatro municípios do país.

Dezembro 11, 2023 - 18:38
Julho 1, 2024 - 10:04
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Disparos e detenções marcaram últimos momentos de votação em quatro autarquias

o escrutínio foi igualmente marcado por denúncias de tentativas de fraude, segundo anotaram os observadores.

"A actuação policial conheceu outras dinâmicas com o encerramento das mesas [de voto] e início da contagem. Ao cair da noite, a PRM disparou para dispersar pessoas dos postos de votação", referiu o Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que observa as eleições em 72 das 75 mesas de voto.

Segundo o consórcio, os disparos foram efectuados no município de Gurué, na Zambézia, o mesmo local em que houve disparos na sequência de alguma agitação social pouco depois do início da votação, levando ao reforço do contingente policial.

Após o fecho das urnas, às 18H, iniciou-se o processo da contagem de votos, num acto eleitoral para o qual foram chamados mais de 53 mil eleitores de quatro municípios em que as eleições não foram validadas pelo Conselho Constitucional (CC).

Em Marromeu, na província de Sofala, a polícia deteve dois delegados de mesa da Renamo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na sequência de discussões por suposta invalidação de boletins de voto dos partidos.

Já em Nacala-Porto, na província de Nampula, a repetição das eleições foi tranquila e pacífica, não obstante o boicote feito pela Renamo e que levou o partido Frelimo à vitória, conforme já noticiou a Torre.

TORRE