Dívidas ocultas: Identificados 20 documentos extremamente importantes no SISE
Entretanto, no SISE, foram vasculhados quatro computadores desktop, tomando em conta, que supostamente a Secreta moçambicana não guardava qualquer documento impresso importante para o escandaloso processo, assim como, pelo facto dos “três espiões mor”
O Juiz Robin Knowles do Tribunal Comercial de Londres, emitiu um Acórdão de 26 páginas, onde revela que em maio do presente ano, ordenou que o Gabinete da Presidência da República de Moçambique e a sede do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE) foram alvos de buscas judiciais, onde o objectivo era de complementar o processo judicial submetido pelo Estado moçambicano contra o grupo Privinvest e o banco Credit Suisse no âmbito da contratação das famigeradas ‘Dívidas Ocultas’.
As buscas judiciais foram coordenadas pela Peters & Peters, a firma de advogados britânicos contratada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique no melindroso processo. Na ocasião, foram os próprios funcionários da Presidência que bisbilhotaram o material informático e documentos armazenados, uma vez que, alegadamente, a Presidência da República não possui um servidor centralizado e leitura de emails relevantes.
No Acórdão, consta que foram identificados 20 documentos, incluindo dois, de um conjunto de três, especificamente identificados como extremamente relevantes. Entretanto, no SISE, foram vasculhados quatro computadores desktop, tomando em conta, que supostamente a Secreta moçambicana não guardava qualquer documento impresso importante para o escandaloso processo, assim como, pelo facto dos “três espiões mor”, ora detidos, não terem usado qualquer material da instituição durante materialização do calote.
Segundo o Tribunal Comercial de Londres, no SISE foram investigados os computadores do Gabinete do DG, utilizados pelos seus assistentes e os outros eram da Secretaria Geral da Instituição, onde descobriu-se que Gregório Leão, António Carlos do Rosário e Cipriano Mutota, não possuíam emails institucionais. No entanto, devido aos pormenores da vasculha, o Juiz Robin Knowles, decidiu não arquivar o processo, porque caso o fizesse teria cometido uma injustiça.