Estrangeiros detidos em Chimoio com mais de 100 armas de fogo haviam declarado apenas sete

Entre os mais de 100 armamentos bélicos apreendidos estão: nove caçadeiras semi-automáticas, duas spiders de pressão a gás com capacidade de 6 milímetros de alcance, 26 pistolas de vários calibres, quantidade significante de munições, cinco espadas, baionetas, facas, machadinhos, coletes a prova de balas, binóculos, máquina fotográfica, material de comunicação e telefones celulares.

Junho 2, 2023 - 17:10
Junho 6, 2023 - 15:35
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É mais um caso que está agitando a opinião pública moçambicana. Em causa está a apreensão de mais de 70 armas de fogo e os seus derivados militares de última geração em duas residências localizadas no bairro Trangapasso, na cidade de Chimoio, na província de Manica, apreendidas e apresentadas na última quinta-feira (01.06) à imprensa e ao público no Comando da Reserva PRM.

De acordo com dados colhidos pela nossa reportagem os dois cidadãos estrangeiros detidos pela Polícia da República de Moçambique (PRM) são sócios de uma empresa de segurança privada baseada em Manica, entretanto, na hora de importação do sofisticado armamento bélico ora apreendido apenas foram declaradas sete armas de fogo, estranhamente, o armamento bélico declarado não é o apreendido. Situação esta que volta a levantar o crônico problema da corrupção fronteiriça em Moçambique.

Mesmo sem prestarem qualquer pronunciamento, "Torre.News" apurou que o cidadão de nacionalidade portuguesa é gerente do restaurante do Hotel Castelo Branco, localizado no bairro 25 de junho, na rua Sussundenga, na cidade de Chimoio e o cidadão de nacionalidade zimbabueana é criador de gado bovino.

Portanto, entre os mais de 100 armamentos bélicos apreendidos estão: nove caçadeiras semi-automáticas, duas spiders de pressão a gás com capacidade de 6 milímetros de alcance, 26 pistolas de vários calibres, quantidade significante de munições, cinco espadas, baionetas, facas, machadinhos, coletes a prova de balas, binóculos, máquina fotográfica, material de comunicação e telefones celulares.

Entretanto, não se sabe até ao momento sobre a proveniência e muito menos do destino de todo aquele armamento bélico de ponta, principalmente numa altura em que Moçambique enfrenta constantes ataques terroristas protagonizados na região norte do Paíe com informações públicas e feitas por figuras como o chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, de que existem recrutadores de jovens em Manica para aderirem à onda de subversão que desde outubro de 2017 prevalece em Cabo Delgado. (Omardine Omar e Pedro Tawanda)