Forças de Defesa e Segurança denunciam “mão invisível” por detrás das manifestações
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique continuam a sustentar a narrativa de que organizações da sociedade civil, nacionais e estrangeiras, bem como indivíduos de má-fé, estão a financiar e fomentar as manifestações que têm ocorrido em várias partes do país. Os protestos surgiram após os resultados eleitorais de Outubro, considerados fraudulentos pela oposição.
O vice-comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Fernando Tsucana, afirmou na noite de sexta-feira, em Maputo, que estas organizações e indivíduos têm como objectivo criar instabilidade e subverter a ordem constitucional.
“As manifestações têm sido apoiadas e financiadas por algumas organizações da sociedade civil e pessoas singulares de má-fé, tanto nacionais como estrangeiras, com o intuito de criar o caos generalizado e subverter a ordem constitucional instituída”, declarou Tsucana.
Apesar das acusações, as FDS reiteraram o reconhecimento do direito à manifestação, como previsto na Constituição. Contudo, sublinharam que o exercício deste direito deve respeitar estritamente a lei, o civismo e os símbolos nacionais. “Há um aproveitamento do direito à manifestação pelos autores morais para subverter a ordem legalmente instituída”, acrescentou Tsucana.
As FDS descreveram as manifestações como caracterizadas por actos de destruição de infra-estruturas públicas e privadas, bloqueio de vias e limitação da liberdade de circulação de pessoas e bens. Tais actos, segundo as autoridades, contribuem para um clima de insegurança e instabilidade no país.
“Em face da situação prevalecente, as FDS continuarão empenhadas na garantia da ordem, segurança e tranquilidade públicas”, garantiu Tsucana.
Adicionalmente, as FDS apelaram aos cidadãos estrangeiros residentes no país para que se abstenham de participar ou intervir em actividades que possam ser consideradas violação da lei ou interferência nos assuntos internos de Moçambique.