INAMI actualiza carta magnética de Moçambique
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia, através do Instituto Nacional de Minas (INAMI), vai actualizar a carta magnética de Moçambique com vista a actualizar os dados importantes para vários campos de actuação científica em Moçambique.
A actual carta, data desde 1984 e está a completamente desajustada com a realidade actual, ainda mais num contexto em que o país precisa de mais elementos para prosseguir as suas acções de prospecção de recursos naturais, com destaque para os hidrocarbonetos.
Os dados sobre o campo geomagnético são aplicados nas pesquisas em telecomunicações, prospecção mineral (incluindo a petrolífera e energética) e em diversas outras ciências.
A informação foi fornecida há dias, em Maputo, pelo director dos Serviços de Pesquisas Geológicas a nível do INAMI, Valdemiro Manhiça, quando falava do ponto de situação do mapeamento geomagnético em curso.
“A actualização da carta magnética vai possibilitar um avanço no campo de navegação marítima, aérea e na pesquisa dos hidrocarbonetos”, disse Manhiça.
Segundo a fonte, o campo geomagnético vária de acordo com o tempo, e por causa dessa instabilidade, existe necessidade das Cartas Magnéticas de Moçambique serem produzidas periodicamente através de medições realizadas nas estações geomagnéticas distribuídas pelo território nacional.
Para a realização dos trabalhos, o país já conta com dois observadores magnéticos instalados nas províncias de Maputo (zona sul) e Nampula (norte), sendo que os trabalhos poderão ser concluídos até 2024, num orçamento que ronda perto de um milhão de dólares, uma vez que parte dos equipamentos já foram adquiridos.
A nível da componente dos projectos Geodata e não só, o sector de minas, com financiamento de 50 milhões de dólares norte-americanos pelo Banco Mundial, já esta em condições de monitorizar a actividade sísmica em Moçambique, através de implantação de uma rede de 12 estações.
Dessa forma, o país vai poder prever a perigosidade sísmica, o que irá permitir a construção de infra-estruturas resilientes, com base na informação disponível sobre as áreas.
“Os resultados da monitorização sísmica saio importantes porque permitem a produção de mapas de zoneamento sísmico, ou seja, as áreas mais propensas a actividade sísmica”, referiu