Tmcel perde "edifício luxuoso" por dívida de mais de 17 milhões de meticais à D & D Telecom

A Tmcel vem enfrentando vários problemas de ordem financeira, onde chega a ficar três a quatro meses sem pagar os salários aos seus colaboradores e muito menos a honrar os seus compromissos contratuais.

Junho 20, 2023 - 16:37
Junho 20, 2023 - 16:47
 0

O colectivo de juízes da 13ª Secção Comercial do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) marcou para o dia 22 de junho, quinta-feira, quando forem 09h30, na sala de secções, a venda judicial do imóvel penhorado, por meio de propostas em carta fechada, em primeira praça, pelo valor mínimo de 17.920.000,00 meticais, nos autos de execução ordinária nº 23/22-B, em que a exequente D & D Telecom move contra a executada Moçambique Telecom, designadamente.

Segundo consta no anúncio divulgado pelo TJCM, o prédio foi registado na Conservatória do Registo Predial da Cidade de Maputo, fracção autónoma letra P, sob o nº 8655 a fls 66, do livro B/24 e inscrito sob nº 53882 a fls.83, do livro G/47, a favor da Tmcel Moçambique Telecom, S.A, ao qual incide a penhora registada sob o nº AP 52 de 06/09/22, a favor da D & D Telecom.

Acrescentando, o TJCM refere que "todas as propostas devem estar em carta fechada e submetidas no cartório da 13ª Secção Comercial do TJCM nas horas normais de expediente, pelas pessoas interessadas na compra do referido imóvel, bem como ficam notificados àqueles que nos termos do artigo 876, nº 2, do CPC, podiam requerer à adjudicação, bem como, aos titulares de qualquer direito de preferência na alienação do bem penhorado para, querendo exercerem o seu direito no acto da praça."

De referir que nos últimos tempos, a Tmcel vem enfrentando vários problemas de ordem financeira, onde chega a ficar três a quatro meses sem pagar os salários aos seus colaboradores e muito menos a honrar os seus compromissos contratuais, uma situação que já levou a empresa a criar uma comissão de gestão comparticipada pelo IGEPE, depois que o Ministro dos Transportes e Comunicação (MTC), Mateus Magala, revelou a situação caótica em que estava a empresa. (O. Omar)